FUNDAMENTALISMOS 3

A praga do integrismo islâmico, de raiz xiita ou sunita, devastam neste momento o mundo árabe e parte da ásia não árabe (Indonésia, Paquistão, Chechénia, Daguestão e Afeganistão).
Na Palestina o Hamas, sunitas que ultimamente receberam treino militar no Irão (estranha aliança esta!!!), tomaram Gaza ao partido secular Fatah. Facto, que me deixou perturbado pelo acto insensacto que representou e o qual destroiu o projecto para a execução plena de um Estado Palestiniano.
No Libano o Hezbolah, xiitas treinado militarmente no Irão, têm o país na mão com o alto patrocinio de um Estado secular, a Siria (muito estranho também!)
O Iraque está nas mãos da Al-Qaeda e dos xiitas (estes últimos mais uma vez patrocinados pelo Irão, que neste momento são os principais intervenientes na região).
O Egipto está ameaçado pela Irmandade Muçulmana e na Tunisia o integrismo é cada vez mais uma realidade.
Na Libia Kadaphi ainda os segura com mão de ferro, o mesmo acontece em Marrocos e Mauritânia. Na Argélia, apesar de aí as coisas estarem muito complicadas, com sangue os fundamentalistas têm sido acalmados.
Na Árabia Saudita e Kuwait, os fundamentalistas governam há muito.
Tudo isto para dizer o quê? Que o fundamentalismo islâmico é uma praga, que tem ganho resistências com o fracasso israelita e norte-americano, que ao hostilizarem Estados seculares, deram força aos integristas. Para se minimizarem os danos, terão de efectivamente se apoiar os Estados que apoiam a sua constituição num Estado secular, seja este democrático ou "musculado". É uma teoria perversa, mas vivemos tempos difíceis.