domingo, 19 de agosto de 2007

TU-95 BEAR




Este é o bombardeiro que voltou aos céus, após uma forte reacção condenatória de Putin contra o escudo anti-missil norte-americano.

Conheçam-no:

"O Tu-95 Bear foi, talvez, o mais bem sucedido bombardeiro soviético, com uma longa carreira operacional numa variedade de missões e configurações. Foi o único bombardeiro do mundo que usava motores turboelice, que proporcionavam grande autonomia e velocidades apenas um pouco menor que os bombardeiros a jato da mesma categoria.

O desenvolvimento do bombardeiro intercontinental Tu-95 começou no início dos anos 50, após o início da produção do Tu-4 Bull. No princípio, vários desenhos foram considerados, incluindo a modificação do Tu-4 ou a construção de uma nova aeronave com motores a pistão. Protótipos dessas aeronaves foram testados entre 1949 e 1951, mas foi concluído que bombardeiros com motores a pistão não teriam uma performance adequada para uma missão intercontinental. Em março de 1951 iniciou-se o desenvolvimento do bombardeiro de longo alcance M-4, propulsionado por quatro motores a jato. No entanto, KB Tupolev não apoiou a construção de um avião com motores a jato, acreditando que os motores AM-3 propostos não possibilitariam um alcance maior que 10.000 km. Como uma alternativa, Tupolev propôs uma aeronave com motores turboelice com alcance maior que 13.000 km e velocidades acima de 800 km/h. O projeto foi então designado "95".

O desenho das asas foi baseado na experiência adquirida por Tupolev e o Instituto Central de Aerohidrodinâmica (TSAGI) durante o desenvolvimento do Tu-16. As asas do "95" eram enflechadas em um angulo de 35 graus, permitindo a instalação de um grande compartimento de bombas no centro de gravidade de aeronave. Os motores consistem de quatro turboelices com hélices contra-rotativas. A grande dificuldade durante o desenvolvimento foram os motores. Após estudos de diferentes combinações e versões, o desenho final da aeronave incorporou quatro turboelices com uma potência de, aproximadamente, 10.000 hp. No fim dos anos 40, o motor mais potente disponível era o protótipo BK-2, que possuía significantemente menos potência (4.800 hp). No começo de 1950 o burô OKB-276 N.A. Kuznetsov desenvolveu o motor TV-2 e o melhorado TV-2F, com 6.250 hp de potência, enquanto o TV-12, com potência suficiente para o "95", estava sendo desenvolvido.

Após considerar as propostas de Tupolev, em 11 de julho de 1951 foi aprovado o desenvolvimento da aeronave. Duas versões de pré-série foram produzidas: uma com oito motores TV-2F e outra com quatro TV-12.

Em 1952, o primeiro protótipo, "95/1", equipado com 8 TV-2F voou pela primeira vez em 12 de novembro de 1952, mas em 11 de maio de 1953 a aeronave foi destruída após um incêndio no motor. O segundo protótipo ("95/2"), com quatro TV-12 fez seu primeiro vôo em 16 de fevereiro de 1955. A produção em série do Tu-95 começou em janeiro de 1956 e foi até o meio dos anos 90, surgindo durante esse meio tempo mais de 15 versões diferentes, desde vetores de mísseis cruise, aviões de alerta antecipado até aviões de comunicação entre submarinos.

As várias versões do Bear continuam em serviço na Rússia, Ucrânia e Índia, que adquiriu a versão Tu-142 Bear F de patrulha marítima."


Francamente acho-os tão desactualizados... se ainda fossem os tu-160!

2 comentários:

Rui Martins disse...

Como avião de longo reconhecimento marítimo, SAR e ASW ainda podem cumprir bem as suas missões... Tenham os russos os meios para os defender a estas distâncias, o que não me parece nada certo!

Eurico disse...

Clavis: Parece um Museu voador!